Cada vez mais pessoas aderem à praticidade e conforto das lentes de contato. Só no Brasil há cerca de 2,5 milhões de usuários, segundo a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (SOBLEC-SP). Porém, muitos esquecem que, assim como os óculos, os acessórios precisam de cuidados especiais de higienização e conservação.

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Negligenciar esta prática pode provocar complicações graves como ceratites e úlceras de córnea e conjuntivite alérgica. Os principais sintomas destas doenças são dor durante ou depois de tirar as lentes de contato, lacrimejamento, secreção, visão borrada, olho vermelho, desconforto e aversão à luz.

Os erros mais comuns e que devem ser evitados:

1)      Uso sem orientação médica: A indicação de um oftalmologista é imprescindível. O item deve ser personalizado e adequado às necessidades de cada um. Nunca comprar este tipo de produto pela internet, feiras ou em camelôs;

2)      Limpeza: Ao contrário do que muita gente pensa, o soro fisiológico não tem propriedades necessárias para a higienização. Há no mercado produtos específicos para conservar as lentes de contato e que proporcionam limpeza e conservação de maneira adequada e sem risco. Estes cuidados valem para as lentes de contato gelatinosa e rígida;

3)      Maquiagem: É possível usar maquiagem, mas alguns cuidados devem ser seguidos: verificar o prazo de validade de cada item; armazenar em lugar seco e arejado; evitar deixar no banheiro; evitar compartilhar os produtos, principalmente máscara para cílios, lápis de olho e pinceis. Remover adequadamente a maquiagem é muito importante e é recomendado tirar as lentes. Na região dos olhos o ideal é usar shampoo neutro para bebê ou espuma Frex Clean;

4)      Sono: dormir com as lentes de contato é o principal fator de risco para úlcera de córnea. Durante o sono, a córnea é nutrida pela pálpebra. A presença da lente de contato dificulta a nutrição e oxigenação da córnea, causando pequenas lesões que podem infecionar. Deve-se evitar ao máximo dormir com as lentes;

5)      Saliva: com a vida corrida algumas pessoas costumam pular etapas importantes e essenciais para manter a saúde ocular. Usar saliva para limpar as lentes é um erro gravíssimo. A saliva tem diversos micro-organismos que podem proliferar e causar infecções;

6)      Tempo de uso: o ideal é remover as lentes de contato ao chegar em casa. A córnea depende de oxigênio e nutrientes fornecidos pelas pálpebras e pela lágrima. Por isso, ficar um tempo do dia sem as lentes é fundamental. Principalmente para dormir;

7)      Uso inadequado de colírios: Não utilize nenhum tipo de colírio sem a orientação de um oftalmologista. O uso inadequado de algumas substâncias pode causar problemas oculares sérios e muitas vezes irreversíveis, inclusive cegueira. Fórmulas caseiras não devem ser utilizadas como colírios;

8)    Ar condicionado: ambientes com baixa umidade do ar provocam aumento da evaporação da lágrima e podem causar sensação de olho seco em pacientes usuários de lentes de contato. Tenha sempre um lubrificante recomendado pelo seu oftalmologista à mão;

9)      Água corrente: a água não tem propriedades necessárias à conservação das lentes. E também pode estar contaminada.

10)  Troca: as caixas de lentes de contato devem ser esterilizadas uma vez ao mês (em água fervente por 30 minutos) e trocadas a cada seis meses. Lavar bem as mãos com água e sabão antes de por e tirar as lentes. Não enxugar as mãos em toalhas de tecido.

Com a chegada das férias, visitas mais frequentes a praia e piscina, listamos alguns produtos que devem estar na bagagem e dicas importantes para os usuários de lentes de contato:

1)  Lente gelatinosa: Para evitar qualquer tipo de inconveniente durante as férias, a melhor opção é usar lentes descartáveis de uso diário. Coloque pela manhã e descarte à noite;

2)   Raios U.V: óculos escuros o tempo todo. Escolha um produto com qualidade comprovada;

3)   Colírio: antes de viajar procure seu oftalmologista e peça um colírio lubrificante. Vento, areia e ar condicionado podem causar incômodos – esteja preparado;

4)   Mergulho: o ideal ao entrar no mar ou piscina é retirar as lentes. Caso não seja possível à solução é mergulhar com óculos de natação e se possível descartar as lentes após.

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